GhostBusters – Resenha do Filme!!
Rock ON!!!
Essa semana eu assisti o filme novo Ghostbusters, Os As Caça-Fantasmas e posso dizer que ficou sensacional!
Recentemente pude rever os filmes antigos, que também gosto muito e isso me ajudou a pescar as várias homenagens distribuídas ao longo do filme novo.
Bom, primeiro vou falar aqui o que achei dos aspectos técnicos do filme novo, depois, falarei da história e lá terá spoilers, mas avisarei antes, ok?
Da esquerda para direita: Patty, Yates, Erin e Holtzmann.
A parte da Computação Gráfica desse filme foi muito bem feita mesmo. Ela consegue ser ao mesmo tempo superior à dos filmes antigos e também lembrar aquela CG. O filme é um pouco mais escuro, dando um ar um pouco de terror à história. Confesso que tomei mais sustos nos primeiros minutos desse filme que no Invocação do Mal 2 inteiro.
A tensão criada pelo roteiro nas primeiras cenas, a colocação de cada elemento de cena e o jeito como é contado, não deixa ridículo, te trava numa expectativa muito tensa e quando finalmente a cena ocorre, você pula da cadeira. Bom, eu pulei.
Assisti numa sala IMAX e em 3D. Foi a melhor escolha. O 3D desse filme foi muito bem trabalhado, você consegue se assustar com os fantasmas chegando bem pertinho de você, como deve ser num filme dos caça-fantasmas, penso eu. A sensação de ter um fantasma do seu lado é muito assustadora mesmo e bem interessante, estão de parabéns.
O áudio do filme está muito legal, eu não gostei da música tema remixada e cantada numa velocidade mais lenta, isso me incomodou muito, porque a imagem denotava celeridade e a baixa velocidade da música estragava isso um pouco. Nas demais músicas e sons gerais do filme, foi tudo bem feito e planejado.
Os equipamentos para caçar Fantasmas também ficaram muito legais. Além do tradicional feixe de prótons, da mochila e da armadilha, outros itens são apresentados e são usados de modo bem legal durante a história. Até o carro, o Ecto-1, sofreu uma repaginada e ficou muito mais atraente que o original. A sirene dele que ficou meio ‘fué’, ou seja, fraquinha, mas o design do carro compensa muito.
No quesito cortes e edição, achei muito legal como o filme foi montado. Ele segue uma sequência bem lógica, mostrando algumas cenas referência dos filmes anteriores. Alguns diálogos são fracos, mas nos primeiros filmes tem isso e muito. Nesse eles conseguiram regular o lenga-lenga e até tocar em pontos como racismo e estereótipos que o primeiro filme tocava. Basta lembrar da cena do Winston falando com o prefeito.
Por nossa tecnologia ter evoluído bastante da década de 80 para cá, os efeitos especiais de hoje são muito bons e avançados e acho que deve ter bastante efeito prático também, o que ajuda o filme a não ficar forçado e ruim, como vemos em películas atuais.
O filme tem um andamento bem rápido, não te deixa com sono ou parado um minuto. Você sempre quer saber o que vai acontecer e a história consegue manter o suspense até chegar o momento de sua revelação. A história não é entregue logo de cara e os vários pedaços do mistério principal são bem distribuídos. Gostei disso. Não foi como em Invocação do Mal 2, que tudo era muito previsível.
Os pontos de humor também estão bem balanceados, assim como no primeiro. Nada é muito gratuito, a história te faz rir no momento certo.
Os personagens são apaixonantes, todos eles. Não dá para dizer: não gostei desse personagem X porque ele tá mal interpretado. Não, todos estão muito bem, atuando e contracenando numa química maravilhosa.
Eu gostei do filme, quero ver de novo e várias vezes depois. Eu me diverti muito e confesso que quando soube que iam fazer um filme novo dos caça-fantasmas, recebi uma mensagem tão deturpada disso, que não gostei da ideia e até reclamei disso bastante. Mas depois que vi o trailer, poxa, que diferença! O trailer me ganhou: mostrou que a mensagem que recebi era toda torta e burra, que eu não deveria ter caído nela e que o filme seria delicioso. E foi mesmo!
Deixem nos comentários suas impressões sobre o filme, quero bons debates!
Bom, agora que falei dos aspectos técnicos, falarei de algumas partes da história e pode vir spoilers, então, após o logo, começarei com eles. Pare agora se não quiser saber do que acontece no roteiro.
Meus pitacos sobre a história!
Bom, vocês foram avisados.
Gostei de como as personagens foram colocadas porque elas não são representantes dos antigos caça-fantamas, isto é, você não reconhece nenhum deles no cerne dessas garotas.
Cada uma delas é única, com habilidades, talentos e gracejos próprios.
A Holtzmann, por exemplo, que cria todas as armas, a princípio pode lembrar o Egon, mas ela é muito louca e desvairada e definitivamente não é aquele cara metódico e certinho. Ela é caótica, bagunçada, criativa ao extremo, ela é como o Q, dos filmes do 007, mas com uma pimenta na alma, ela constrói e desconstrói, faz piadas hilárias, como quando finge ser uma cabeça numa prateleira e faz vc se indignar, rir e assustar junto da personagem com a qual ela contracena.
A Patty, que trabalhava no metrô e não é cientista, mas conhece Nova York e todas suas histórias é um caso a parte. Acho que foi a personagem que mais gostei. Ela protagoniza uma cena que não consegui rir, na qual se joga na plateia de um show de rock, após a Yates ser amparada e cai estatelada no chão, ela berra algo como: “Não sei se vocês são racistas ou lerdos, só sei que estou louca da vida!”. Entendi que foi uma puta crítica ao ódio gerado pelos supostos fãs da franquia quando anunciaram o filme novo e ao racismo em geral, mas fiquei chocada pq sei que isso acontece todos os dias. Racismo é horrível e ainda existe. No primeiro caça fantasmas, Winston faz uma piada com esse tema quando vai falar com o prefeito e diz algo como: “Tenho trabalhado com esses caras há algumas semanas e te digo, vi coisas que são capazes de te deixar branco!”.
E Patty é tão maravilhosa que arranca um fantasma que estava possuindo sua amiga na base do tapa. E essa cena é ótima!
As demais personagens Erin e Yates são duas amigas que se distanciaram após escreverem um livro juntas sobre fantasmas e o filme começa com Erin, que está tentando conseguir uma cadeira como pesquisadora numa renomada universidade, quando descobre que o famigerado livro está sendo vendido na internet. Então decide procurar sua ex-parceira Yates e pedir que pare de distribuí-lo.
Yates continua fazendo suas pesquisas no ramo paranormal, com a ajuda de Holtzmann em uma universidade bem fuleira, que sequer sabe de seus experimentos. A história das duas gira em torno do redescobrimento da amizade e ambas, ao final do filme protagonizam uma homenagem a Harold Ramis, o Egon, ao ficarem com os cabelos completamente brancos, em alusão ao Egon dos desenhos animados. E é uma cena muito linda.
Temos ainda o belíssimo Chris Hemsworth, o Thor da Marvel, fazendo papel do recepcionista lindo e burro, que é extremamente assediado por Erin, chegando ao extremo de ser constrangedor em alguns momentos, para nós, não para os personagens. Kevin, seu personagem é um cara completamente burro, que só consegue o emprego por ser o único a se candidatar a vaga e por ser bonito mesmo. Mas sequer consegue atender um telefone direito e suas falas estão recheadas de piadas em cima desse tema, mostrando que Chris é um ator bem versátil.
Aliás, Kevin em nada lembra a fabulosa Janine, que em vários momentos dos filmes anteriores parecia ser mais inteligente que os próprios cientistas.
Até o vilão do filme foi bem construído. Sério, o filme é muito bom mesmo.
Parece um dos tios do Gasparzinho, mas não é!
As homenagens aos filmes antigos estão na aparição de Bill Murray como um cético que é morto nas primeiras cenas e sem grandes falas; Dan Aykroyd como um motorista de táxi que se recusa a ir até Chinatown porque lá não é o caminho dele; Ernie Hudson, o Winston, aparecendo como o tio Bill da Patty, numa cena muito cômica no final do filme; Sigourney Weaver, como a mentora da maluquinha Holtzmann; Erin protagonizando uma cena, similar a de Rick Moranis, na qual aparece falando sobre o fim do mundo, para que evacuem a cidade, toda doida e; a cena, já citada de Erin e Yates, ficando com os cabelos brancos como Egon; a aparição do boneco de Marshmallow, como se estivesse numa parada de balões fantasmagóricos, muito bem bolada por sinal; Geleia e sua namorada, curtindo a vida adoidado no Ecto-1, carregado de outros fantasmas; a cena que aparece o velho prédio dos bombeiros, local da base dos Caça-Fantasmas do primeiro filme entre outras cenas que agora não recordo.
A cena pós-créditos já nos dá uma pista do que virá no próximo filme e quero muito que tenha um caça-fantasmas 2.
E é isso, pessoal.
Se você conhece alguém que não gostou do filme porque não é igual ao primeiro ou porque achou que é cópia do primeiro, ignorem essa pessoa, ela não sabe assistir um filme, não entendeu nada de nenhum dos 3 filmes dos caça-fantasmas já feito.
Deixem nos comentários suas impressões sobre o filme, quero bons debates!
Rock OFF!