Humanos e Palavras

Priss Guerrero/ agosto 31, 2012/ NADA

Rock ON!!

 

As pessoas são diferentes umas das outras. Nem preciso dizer o quanto isso me causa de problemas e dores de cabeça. 

Tenho um sério problema com as pessoas que me cercam: sou mal interpretada. Mas acredito que é porque também não facilito a comunicação para elas. Tento tratá-las bem e de acordo com as pistas que me dão sobre como querem ser tratadas. Mas nem sempre acerto e acabo decepcionando algumas pessoas que gosto muito. Fico realmente triste quando isto acontece. Não precisava ser assim, não é mesmo?

Acho que isto acontece porque estamos em um mundo com cada vez menos contato humano de verdade. As pessoas pouco se falam, pouco se tocam, pouco reconhecem sinais de conversação e é aí que os problemas aparecem.

As diferenças culturais e ambientais também influenciam, bem como a imagem que as pessoas criam uma das outras. Montamos uma expectativa em torno dos outros, todos fazemos isso, é uma falha do ser humano, penso eu. rs

E quando os outros nos decepcionam de algum modo, ou quebram essa imagem, isso nos incomoda e acabamos nos sentindo invadidos e machucados de algum modo.

Com isso, concluo que as pessoas são frágeis e algumas vezes, sem querer, tocamos em pontos que são muito sensíveis para e pronto! O mal está feito: a pessoa fica brava contigo, quer por os pingos nos ‘ís’ e você fica lá, que nem um bobo, sem entender lhufas do que está acontecendo e quando finalmente entende (se tiver sorte, porque nem sempre se entende), percebe que um simples gesto ou uma palavra foi devastadora para a pessoa ao seu lado. KABOOOM!!!

Essa interferência pode resultar em várias manifestações:

  • Brigas, discussões e violência são as mais comuns;
  • Tristeza, depressão e  mágoa vêm logo em seguida;
  • Desconfiança, raiva, angústia.

É possível consertar essa situação se ambas as pessoas estiverem dispostas, digamos: invasora deve pedir desculpas, sinceramente sempre, e  a invadida, por assim dizer, deve aceitar de coração. Então podemos dizer que há esperança de anos mais tarde, poder lembrar disso e rir demais da situação (claro, ninguém faz isso de verdade, imagina se alguém vai querer remoer isso???).

Também de situações assim, sempre que ocorrem comigo, paro para refletir sobre minhas ações que culminaram para que isso ocorresse. Lamentável que ocorram essas situações. São realmente coisas que me deixam chateada. Não gosto de invadir o espaço de ninguém.

Mas por outro lado, preciso aceitar que isto faz parte da natureza humana e que o ritmo deles são diferentes, bem diferentes do meu. Metaforicamente, a vida é como uma rodovia: cada carro equivaleria a uma pessoa e cada velocidade desse veículo, ao ritmo que cada ser humano empregaria em sua vida.

Não podemos exigir que todos tenham o mesmo modelo de automóvel e nem que sigam na mesma velocidade. Algumas colisões vão acontecer,mas devemos saber como sair delas e seguir em frente. 

Talvez seguir em frente seja a melhor coisa a fazer. Não digo para ignorarmos o sentimento alheio, mas as pessoas precisam crescer por si mesmas também e algumas colisões são necessárias para isso, até porque nós mesmos também devemos crescer com essas situações e procurarmos uma via melhor comunicação, já saindo da metáfora.

Humanos e Palavras estão cada vez mais incompatíveis. Por isso que o mundo de hoje é tão cheio de signos e símbolos. A humanidade é mesmo cíclica. Lembrei agora que no passado não haviam palavras escritas, apenas símbolos que significavam coisas, idéias completas. Estamos caminhando novamente para isso. Cada vez menos texto e mais imagens. Cada vez mais pessoas, frágeis pessoas, tendo seus corações ou seu brio, arranhados, dilacerados por alguém que talvez nem tivesse essa intensão!

Depois disso, fico sempre com a pergunta: quando será que vou errar de novo e com quem?

É isso!

 

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Rock OFF!

 

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